quinta-feira, 10 de maio de 2012

Poemeto a uma amiga

Você é
toda céu
toda sol
toda manhã, brotando
entre vapores oníricos,
dissipando todo o medo contido
em meu peito / precipício,
prece diária
de meu coração aflito.


segunda-feira, 7 de maio de 2012

Todo

Eu sou todo eu
em cada poro
Sou todo eu
em cada polo
todo eu brotando
em cada solo.
Sou eu dormindo
em teu colo
sonhando o mundo
como um tolo?
Em teus braços
já não me pertenço
e me enrolo todo.

Meu peito de pedra

Meu peito
de pedra
criou estalactites
de madeira
com que fiz minha estaca
e minha cruz.

Em meu peito
de caverna
dormem sonhos
e medos
morcegos
que fogem da luz

Ferrovia

A ausência de um amigo
é a eternidade empacada.
A vida parece enferrujada;
grita,mas não sai do lugar.