Viver
é ir confeccionando
o tempo
com partes de si.
Um abraço,
um beijo,
uma frase
dita,
constantemente
repetida,
são fotografias
jamais corrompidas
pelo mofo
ou pela poeira
de gavetas esquecidas.
sexta-feira, 10 de agosto de 2012
Outdoor
Espalho
pelas
ruas
cibernéticas
o que
a poucos
interessa
sobre
mim.
Na testa
um outdoor
luminescente,
claro, transparente;
mas ninguém ouve.
Eu grito,
ninguém vê.
pelas
ruas
cibernéticas
o que
a poucos
interessa
sobre
mim.
Na testa
um outdoor
luminescente,
claro, transparente;
mas ninguém ouve.
Eu grito,
ninguém vê.
quarta-feira, 8 de agosto de 2012
segunda-feira, 6 de agosto de 2012
Como fere a pele nua,
nossas almas expostas
ao frio, ao relento,
ao castigo extremo
do julgamento estranho!
Quase nunca o que vê
alcança o que há por dentro;
antes mesmo condena
como se o momento
fosse um brinquedo quebrado,
irreversível.
Não somos vítimas do estagnatismo.
Há em todos um universo
em permanente revolução,
pondo abaixo, reconstruindo;
ora fogo,
ora escuridão.
nossas almas expostas
ao frio, ao relento,
ao castigo extremo
do julgamento estranho!
Quase nunca o que vê
alcança o que há por dentro;
antes mesmo condena
como se o momento
fosse um brinquedo quebrado,
irreversível.
Não somos vítimas do estagnatismo.
Há em todos um universo
em permanente revolução,
pondo abaixo, reconstruindo;
ora fogo,
ora escuridão.
Eu (ao cubo)
paradoxo paralítico
sobre a esfera mundana,
massa de carne
cútis, cocoruto, derme
osso
velho
moço
pouco
para tudo
para tudo
um pouco
às vezes descontente
às vezes impertinente
às vezes penitente
às vezes um
vazio que não se apaga
vontade monstro que não morre
devorando asas, ventre, sonhos.
sobre a esfera mundana,
massa de carne
cútis, cocoruto, derme
osso
velho
moço
pouco
para tudo
para tudo
um pouco
às vezes descontente
às vezes impertinente
às vezes penitente
às vezes um
vazio que não se apaga
vontade monstro que não morre
devorando asas, ventre, sonhos.
Fogo e noite
Não tenho,
nem quero,
a serenidade
que torna os homens
alienados e passivos.
Antes a turbulência,
as contradições de um peito aberto
que o sono de pedra
das pedras dormentes
cansadas de rolar.
Sou fogo
e sou noite.
Sou risco,
constantemente à beira do abismo,
a iminência de um ato insano;
pondo abaixo medos antigos,
solapando antigos enganos
nem quero,
a serenidade
que torna os homens
alienados e passivos.
Antes a turbulência,
as contradições de um peito aberto
que o sono de pedra
das pedras dormentes
cansadas de rolar.
Sou fogo
e sou noite.
Sou risco,
constantemente à beira do abismo,
a iminência de um ato insano;
pondo abaixo medos antigos,
solapando antigos enganos
Carta de uma viajante
Não chore nunca, por favor,
se um dia eu não estiver aí.
Meu pensamento contigo estará sempre
quando uma lembrança feliz
um riso teu colorir.
Não chore nunca, por favor,
porque nunca deixarei de pensar em ti.
O amor que nos sustinha, o amor de que me nutrí,
pulsa em cada palmo de mim.
Estou em overdose de liberdade.
Não chore nunca, por favor,
que o momento que nos aparta
tão-somente é madrugada,
prelúdio da alvorada
das coisas que estão por vir.
se um dia eu não estiver aí.
Meu pensamento contigo estará sempre
quando uma lembrança feliz
um riso teu colorir.
Não chore nunca, por favor,
porque nunca deixarei de pensar em ti.
O amor que nos sustinha, o amor de que me nutrí,
pulsa em cada palmo de mim.
Estou em overdose de liberdade.
Não chore nunca, por favor,
que o momento que nos aparta
tão-somente é madrugada,
prelúdio da alvorada
das coisas que estão por vir.
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