Tempo turbo,
turbulento,
atropelado
no cruzamento
- tudo ao mesmo tempo,
nada a contento -
Tempo
que não admite atrasos,
âncora dos afogados,
veias em via de congestionamento.
Tempo calvário
Tempo obituário
Tempo vendido
em novo (?) monstruário.
Tempo mentido revolucionário
embalado em redes cibernéticas,
patéticas realidades paralelas,
pseudo-mundo globalizado.
Tanta gente conhece tudo...
Tanta gente ignora
quem está perto!
sexta-feira, 28 de dezembro de 2012
quinta-feira, 27 de dezembro de 2012
Quando escrevo poesia, penso primeiro numa frase qualquer. Já tentei arquitetar uma poesia inteira na cabeça, mas nunca deu certo. A primeira coisa que me vem à cabeça é uma frase, ou pedaço de frase qualquer, cuja autoria sempre desconfio não ser original; penso já ter ouvido ou lido-a em algum outro lugar - o que nunca me impede de escrevê-la. O corpo da poesia então vem surgindo, mais relacionada ao som do que ao sentido das palavras. Claro que sempre busco uma coerência entre ambos. No entanto, se não sinto um gosto adocicado na língua ao pronunciá-las, considero meu trabalho fracassado. Não gosto de poesia seca.
Boa parte de minha inspiração provém de coisas simples: um livro que leio, uma exposição a que assisto. Às vezes, um simples passeio pelas ruas do meu bairro bastam para desatar os nós da minha criatividade. Ainda semana passada, escrevi três poesias que considero boas. Após ter retornado de uma biblioteca comunitária, peguei papel e lápis e deixei as ideias fluírem soltas. Uma das poesias comecei mesmo na rua.
Não é sempre que tenho sucesso. A maior parte do que escrevo ainda considero aquém do que deveria ser. Mas estão melhorando. Lembro que meus primeiros versos eram assombrosos. De vez em quando encontro um deles por aí, rabiscado numa página solta, e sempre torço o nariz.
Na escola, escrevi um poema que foi premiado. Na verdade, quando soube, por meu amigo Patrício, que tinha ganho o primeiro lugar, fiquei incrédulo, depois espantado. No final, fiquei muito feliz. Foi um estímulo que, se não me impulsionou de imediato, ao menos me fez acreditar um pouco mais em mim.
Boa parte de minha inspiração provém de coisas simples: um livro que leio, uma exposição a que assisto. Às vezes, um simples passeio pelas ruas do meu bairro bastam para desatar os nós da minha criatividade. Ainda semana passada, escrevi três poesias que considero boas. Após ter retornado de uma biblioteca comunitária, peguei papel e lápis e deixei as ideias fluírem soltas. Uma das poesias comecei mesmo na rua.
Não é sempre que tenho sucesso. A maior parte do que escrevo ainda considero aquém do que deveria ser. Mas estão melhorando. Lembro que meus primeiros versos eram assombrosos. De vez em quando encontro um deles por aí, rabiscado numa página solta, e sempre torço o nariz.
Na escola, escrevi um poema que foi premiado. Na verdade, quando soube, por meu amigo Patrício, que tinha ganho o primeiro lugar, fiquei incrédulo, depois espantado. No final, fiquei muito feliz. Foi um estímulo que, se não me impulsionou de imediato, ao menos me fez acreditar um pouco mais em mim.
quarta-feira, 26 de dezembro de 2012
quarta-feira, 19 de dezembro de 2012
quinta-feira, 13 de dezembro de 2012
Quando acordar
vou estar no mesmo lugar?
Tenho medo de não saber
onde vou parar
Tenho medo de não encontrar
aquela tal luz
aquela tal estrela
aquela tal beleza
após o fim do túnel
Tenho medo de me extraviar
perder para sempre o farol do teu olhar
Quero tua mão para me guiar
teu peito para ser meu fôlego
teu riso para meu sonhar
Quero uma escada
para escalar a lua
ser o primeiro astronauta a constatar:
a Terra é uma bola absurda.
vou estar no mesmo lugar?
Tenho medo de não saber
onde vou parar
Tenho medo de não encontrar
aquela tal luz
aquela tal estrela
aquela tal beleza
após o fim do túnel
Tenho medo de me extraviar
perder para sempre o farol do teu olhar
Quero tua mão para me guiar
teu peito para ser meu fôlego
teu riso para meu sonhar
Quero uma escada
para escalar a lua
ser o primeiro astronauta a constatar:
a Terra é uma bola absurda.
quarta-feira, 12 de dezembro de 2012
terça-feira, 11 de dezembro de 2012
a vida é pouca
a vida é boba
a vida balança
no embalo da canoa
a vida é pomba que voa
a vida é bomba que estoura
a vida que tomba
já é outra
a vida é rotina
a vida é roldana
a vida às vezes
é carta na manga
a vida é rosa
mas nem sempre um mar
a vida é rasa
quando não sabemos amar
a vida é roda:
o que vai, sempre volta.
a vida é boba
a vida balança
no embalo da canoa
a vida é pomba que voa
a vida é bomba que estoura
a vida que tomba
já é outra
a vida é rotina
a vida é roldana
a vida às vezes
é carta na manga
a vida é rosa
mas nem sempre um mar
a vida é rasa
quando não sabemos amar
a vida é roda:
o que vai, sempre volta.
domingo, 9 de dezembro de 2012
quinta-feira, 6 de dezembro de 2012
Agasalho e abrigo
Amigo,
eu choro por te ver sozinho.
Queria ser teu
agasalho e abrigo
nas horas
em que tudo pouco faz sentido.
Amigo,
toma meu braço,
vem dançar comigo.
O mundo é lindo,
apesar do homem-lixo
e dos conflitos inúteis
em prol de causas tacanhas.
Ainda há flores
sem espinhos.
Não percamos
a esperança.
Amigo,
reza comigo.
Talvez algum dia
tudo volte a ser doce
como a infância.
eu choro por te ver sozinho.
Queria ser teu
agasalho e abrigo
nas horas
em que tudo pouco faz sentido.
Amigo,
toma meu braço,
vem dançar comigo.
O mundo é lindo,
apesar do homem-lixo
e dos conflitos inúteis
em prol de causas tacanhas.
Ainda há flores
sem espinhos.
Não percamos
a esperança.
Amigo,
reza comigo.
Talvez algum dia
tudo volte a ser doce
como a infância.
quarta-feira, 5 de dezembro de 2012
Meu coração
deseja
um verso anil
- desajeitado, que seja -
para conter a pressa
dos dias
um a mil
e não ser presa
do mundo hostil
fútil,
inútil.
Um verso sutil
ou mesmo pueril
para entreter
a tristeza
entremeada
nas horas cinzentas;
que me sustente
quando eu mesmo estiver por um fio.
Para calar
o travo
da dor,
um trevo
de amor.
Um trago,
por favor,
de licor
primaveril.
deseja
um verso anil
- desajeitado, que seja -
para conter a pressa
dos dias
um a mil
e não ser presa
do mundo hostil
fútil,
inútil.
Um verso sutil
ou mesmo pueril
para entreter
a tristeza
entremeada
nas horas cinzentas;
que me sustente
quando eu mesmo estiver por um fio.
Para calar
o travo
da dor,
um trevo
de amor.
Um trago,
por favor,
de licor
primaveril.
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