quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

Encontro desencontrado

Combinamos que nos encontraríamos na Praça Coração de Jesus, uma pequena praça no centro de Fortaleza que ainda esconde, entre a sujeira e a depredação, seu charme de anos idos. Cheguei cedo. Não te vi. Esperei. desisti. Voltei para casa. te liguei. você disse que esteve o tempo todo lá, mas eu não te vi. Achei que você tivesse mudado de ideia, ou que a ideia de um reencontro lhe houvesse desanimado. Mas você estava lá, esperando por mim. Lia e relia um de seus livros, e alimentava passarinhos. Você pensou que eu não chegaria,, que talvez houvesse mudado de ideia e preferido ficar em casa, em vez de enfrentar o sol do meio-dia. Mas, para te encontrar uma vez mais, eu enfrentaria tempestades & temporais, turbulências & maremotos (até pediria dinheiro emprestado, que, atualmente sem emprego, estou numa situação de fazer vergonha). Sei que parece exagero, mas é verdade. gosto muito de você, e esse encontro desencontrado me deixou um pouco chateado, sim, embora não tenha admitido. A ideia de que estive tão perto de você e nem sequer pudemos nos falar, nos abraçar, sentarmos ao lado um do outro... como na escola, você lembra? Você não gostava dos meus exageros, dizia que eu era espalhafatoso demais. Mas é que, toda vez que te via, não conseguia me conter, se bem que tentasse.

Sei que ainda teremos muito tempo para novos reencontros e esbarrões casuais no meio do caminho, mas o meu defeito é a necessidade do já; quero tudo para o agora, como se o amanhã não fosse dar certo, um brinquedo quebrado, uma locomotiva que não consegue seguir nos trilhos enferrujados.

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