Podei
minhas dores
para colher sorrisos.
Reguei o sol
e ele incinerou
cada ocaso de meus descaminhos.
Valsei,
embalado por ventos alísios,
sobre cúmulos-nimbos,
mais alto que Ícaro
e sua parafernália vagabunda;
mais alto ainda
que os saltos de uma puta
rodando bolsinha
numa esquina suja.
Balões meteorológicos
não me alcançaram ainda,
porque vivo
no mundo da lua.
Nenhum comentário:
Postar um comentário