sexta-feira, 23 de novembro de 2012

Para Olavo Bilac

"Ora (direis) ouvir estrelas!..."

As palavras
da boca da noite caem
como dentes:
são pérolas
de uma poesia comovente,
audível somente
ao coração do poeta.

De prata a lua plena
brilha em sua testa
e, ao seu redor,
os pirilampos fazem festa.

Há beleza em toda a esfera
para quem vê com olhos de pantera
num salto pra dentro da treva: o Poeta.

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