O mundo todo
mora no meu umbigo;
de cabo a rabo
levo e trago
o que for:
chinelo,
chuveiro,
charuto,
isqueiro,
flor de plástico, sem cheiro;
porta-retratos, vazio
(lembrança do que ainda não veio);
calções elásticos,
pneumáticos,
todo o lixo
que afoga nos rios,
afaga a vaidade
e depois é esquecido
num monturo
junto a uma placa de "proibido".
Nenhum comentário:
Postar um comentário