sábado, 4 de fevereiro de 2012

Chovendo amores

Correm os namorados
para apanhar seus amores perfeitos
que despencam aos montes, como manga madura
ou coco que desaba da palmeira.
A cidade está em rebuliço,
não se respeitam a regras,
o Brasil se transformou numa Marginal Pinheiros.
Há carros em cima de calçadas,
em cima de gente incauta,
em cima de um cachorrinho que atravessava a rua
alheio a tudo o que se passava.
Choviam amores. Era madrugada.
Em meu quarto, o sono não vinha.
Pensando no amor que não tinha
e que, talvez, despencasse do alto junto com aqueles milhares de amores,
escrevi poesia.

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