Decidida, levantou-se de onde estava, foi preparar um caixão para seu amiguinho, do tamainho que lhe competia; uma caixa de sapatos serviu. Também escreveu dois bilhetes, que guardou secretamente, para que ninguém os descobrisse. Um, destinou-o a Deus. Em letras redondas, disse-Lhe que não eram justas as coisas aqui embaixo; se Ele era mesmo bom, como todo mundo dizia, que desse um jeito de acabar com as guerras, a fome, a violência... enfim, com todas as coisas que enfeiavam a Terra.
A segunda carta era destinada a Papai Noel. Nela, a menina apenas fazia um pedido: que no próximo natal lhe desse um sabiá com certificado de garantia.
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