quinta-feira, 27 de outubro de 2011

A máquina do amor

Ainda agorinha eu estava, como sempre costumo fazer, "zapeando" por algumas páginas da Internet, quando encontrei uma que me chamou a atenção, justamente por apresentar a seguinte manchete:


"MAQUINA DO AMOR: novidade tecnológica ainda em fase te teste."

A matéria presseguia discorrendo a respeito das mil e uma maravilhas que aquela máquina recém-criada pelos japoneses era capaz de fazer. Basava apontá-la para algum campo de batalha onde estivesse acontecendo uma guerra entre países antes aliados, e eles novamente voltavam a ser amigos; apontasse para as regiões mais miseráveis do continente africano, que tudo - fome, doença, miséria - desapareceria como passe de mágica. O grande dilema da máquina do amor era a concorrência de mercado. Ainda existiam pessoas que tinham preferência por outras máquinas: a máquina da dor, a máquina do medo, a máquina do egoísmo - e, a mais popular de todas: a máquina da desigualdade. Segundo estimativas, ainda levaria muito tempo para que o homem se familiarizasse com a máquina do amor. Muitas instituições públicas e ongs de todas as partes do planeta até que se mostravam empenhados em ministrar cursos que capacitassem o homem a lidar com a máquina do amor, seus circuitos e mecanismos internos. Porém, só aos trancos e barrancos era que ele vinha assimilando aquela novidade.

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